Aumento da Meta: como a mudança impacta o tráfego pago da sua empresa em 2026

08-12-25
Aumento da Meta: como a mudança impacta o tráfego pago da sua empresa em 2026

A partir de 1º de janeiro de 2026, todas as empresas que investem em tráfego pago no Brasil vão sentir um aumento direto no custo dos anúncios da Meta, incluindo campanhas no Facebook Ads e Instagram Ads.

Mesmo que a Reforma Tributária tenha introduzido impostos como CBS e IBS para fins de teste, a grande mudança prática para os anunciantes não está nessas novas alíquotas, mas sim no fato de que a Meta deixará de absorver tributos que sempre pagou internamente e passará a repassá-los integralmente ao anunciante.

O resultado? Um aumento médio de 12,15% no custo final das campanhas, um impacto imediato para qualquer negócio que depende dos anúncios da META como principal fonte de aquisição.

Neste artigo, você vai entender:

  1. como essa mudança funciona;
  2. por que a Meta decidiu repassar os valores;
  3. quanto isso vai afetar seu orçamento;
  4. como proteger sua estratégia de tráfego pago em 2026.

Vamos por partes.

1. Como funcionará o aumento no custo dos anúncios da Meta?

O reajuste será automático para todos os anunciantes do Brasil, sem exceções.

Isso significa que todo e qualquer valor investido em anúncios, independentemente de campanha, categoria, formato ou posicionamento, terá tributos adicionados diretamente na fatura.

Na prática, a Meta fará o seguinte:

  • exibirá no Ads Manager apenas o valor líquido investido (sem impostos);
  • incluirá os tributos no boleto, fatura ou cobrança final;
  • aplicará o aumento tanto em pós-pago quanto em pré-pago.

Ou seja: o quanto você vê na plataforma não será o quanto você paga. E o quanto você paga não será o quanto vai, de fato, para a mídia.

2. Quando esse aumento começa a valer?

A mudança entra em vigor oficialmente em 1º de janeiro de 2026, sem período de transição. É uma implementação imediata.

Todas as empresas, de pequenos anunciantes a grandes grupos, serão impactadas no mesmo momento.

O acréscimo será de 12,15%, composto por:

  • 9,25% de PIS/COFINS;
  • cerca de 2,9% de ISS.

Esse percentual é fixo e não varia conforme objetivo, campanha ou tipo de anúncio.

Em resumo: se sua empresa investe R$ 10.000 por mês, o novo custo será cerca de R$ 11.215 — apenas em impostos.

A decisão é fruto de um movimento de adequação fiscal da Meta no Brasil.

Até hoje, a empresa absorvia internamente esses tributos. Com as mudanças regulatórias e com a reestruturação fiscal global da companhia, a prática será descontinuada.

Segundo especialistas, os motivos principais são:

  • alinhamento global das operações da Meta;
  • aumento da transparência na composição de custos;
  • necessidade de repassar tributos indiretos que antes eram escondidos do anunciante;
  • estratégia financeira da empresa para manter margens globais.

Em outras palavras: ninguém pediu, mas a Meta decidiu que era hora de repassar o custo.

5. Como esse aumento impacta sua estratégia de tráfego pago?

Aqui está o ponto central, o aumento não é só “financeiro”, ele é operacional.

Os impactos mais imediatos incluem:
  • CPM, CPC, CPL e CPA sobem imediatamente;
  • ROAS cai, já que o custo líquido de aquisição aumenta;
  • o mesmo orçamento passa a entregar menos impressões e menos conversões;
  • risco maior de estouro de orçamento, porque o Ads Manager mostra o valor sem impostos;
  • para quem usa pré-pago, o valor disponibilizado para mídia cai automaticamente.

Para ilustrar:

Exemplo:

Se você tem um limite pós-pago interno de R$ 1.000, o custo final será R$ 1.138,30. Se você investe via pré-pago, paga R$ 1.000, mas só R$ 878,50 viram mídia — o restante vira imposto.

Isso altera:

  • Previsibilidade;
  • Escalabilidade;
  • Performance;
  • Planejamento de mídia

E exige ações imediatas.

6. Como reduzir os impactos do aumento da Meta em 2026?

Sim, é possível mitigar o aumento, mas isso exige ajustes estratégicos.

Recomendações essenciais:
  • Revisar orçamentos e recalcular o custo real de aquisição;
  • Otimizar públicos de maior qualidade, como:
    • remarketing,
    • públicos próprios,
    • lookalike de alta precisão.
  • Investir em criativos mais eficientes, que baixem o custo por ação;
  • Ajustar o mix de objetivos para priorizar consideração antes de conversão direta;
  • Monitorar diariamente métricas sensíveis ao custo, como:
    • CPL,
    • CPA,
    • ROAS,
    • LTV.

Empresas que não adaptarem sua estratégia verão o custo dobrar em pouco tempo.

7. Devo diversificar os canais para compensar o aumento?

Sim, e essa será uma prioridade para 2026.

Canais recomendados para compor o mix:

  • Google Ads → captura demanda de intenção;
  • TikTok Ads → CPM mais baixo e grande volume de alcance;
  • YouTube → fortalecimento de marca e descoberta;
  • SEO → construção de tráfego orgânico contínuo;
  • Social SEO → otimização para buscas internas em redes sociais;
  • CRM e retenção → aumenta LTV e reduz dependência de aquisição constante

Diversificar é a melhor forma de reduzir a dependência da META e proteger o crescimento.

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A mudança anunciada pela Meta representa uma das maiores alterações no ecossistema de anúncios dos últimos anos.

E, embora o aumento de 12,15% seja inevitável, as empresas podem se preparar, e até usar esse momento como oportunidade de reavaliar toda sua estrutura de aquisição digital.

Com ajustes de orçamento, criativos melhores, otimização de públicos e diversificação de canais, é possível manter a performance saudável em 2026.

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Imagens (gguy – stock.adobe.com)

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