Por muitos anos, o funil de marketing foi o modelo dominante para entender o comportamento do consumidor. Ele descrevia uma jornada linear: primeiro a pessoa descobria a marca, depois demonstrava interesse, avaliava opções e, no fim, realizava a compra.
O modelo funcionou bem durante décadas, e ainda pode ser útil para visualizar etapas internas de vendas e atribuição. Mas uma coisa é certa: ele deixou de representar a realidade da jornada do cliente moderno.
Hoje, o consumidor se comporta como… uma bola em uma máquina de pinball.
E esse novo modelo — o Customer Journey Pinball — está redefinindo como fazemos marketing, como pensamos estratégia omnichannel e como conduzimos clientes rumo à conversão.
Neste artigo, você vai entender:
Gostando ou não, o mundo mudou, e o jeito de comprar também.
A jornada atual não segue mais o caminho previsível do funil. Isso porque as pessoas:
Em outras palavras, ninguém percorre um caminho linear.
Hoje, um cliente pode:
E mesmo nesse momento final, ele pode checar tudo de novo no celular, na fila do caixa.
Nenhum modelo baseado em “etapas” consegue explicar isso.
Imagine aquelas máquinas de pinball, em que a bolinha bate em obstáculos, muda de direção constantemente e pode subir e descer várias vezes até chegar ao final.
É exatamente assim que funciona a jornada do cliente hoje.
No modelo Pinball:
E tem mais:
As “pás” que mantêm a bola ativa — no pinball — representam seus investimentos em branding, conteúdo, canais, experiência do usuário, comunidade, prova social e etc.
Quanto mais fortes esses elementos, mais tempo o cliente permanece engajado até a decisão de compra.
A internet fragmentou a atenção. As plataformas remodelaram o consumo de conteúdo. As pessoas compram influenciadas por micro-momentos.
E os motivos para isso incluem:
Instagram, TikTok, YouTube, Google, LinkedIn, newsletters, podcasts, WhatsApp… Cada pessoa usa uma combinação única.
O cliente pode estar em “consideração” antes mesmo de conhecer a marca, porque alguém recomendou o produto no TikTok ou em uma thread no X/Twitter.
Antes de comprar, as pessoas pesquisam avaliações, reviews, comentários, vídeos, tópicos, comparações e opiniões de desconhecidos.
Ferramentas como ChatGPT e Gemini influenciam ativamente a decisão, trazendo análises rápidas e recomendações personalizadas.
Tudo isso torna a jornada caótica, imprevisível e altamente distribuída.
Para ilustrar, imagine alguém buscando um novo banco:
A pessoa não anda para frente. Ela salta, volta, avança, muda de canal, compara, confirma, duvida. Isso é o Pinball.
A mudança é profunda.
E isso inclui:
Não é sobre estar em todo lugar, mas nos lugares certos.
No funil, você falava uma mensagem por etapa. No Pinball, você precisa dizer a mesma mensagem em formatos diferentes nas plataformas que seu público usa.
E tudo bem.
Você não consegue medir:
No Pinball, a influência é difusa, e o marketing precisa aceitar isso.
Quem não produz conteúdo relevante tende a sumir da jornada do cliente.
Qualquer atrito: você perde a bola.
Aqui estão os principais ajustes:
Ferramentas de análise de audiência e dados comportamentais são essenciais.
Nem todo canal funciona para todo público.
Marcas fortes mantêm a bola no jogo.
O cliente precisa te reconhecer e confiar em todos os canais.
Não dá para controlar a jornada. O papel do marketing agora é influenciar pontos, não controlar etapas.
O funil de marketing ainda é útil como modelo interno de organização. Mas, na prática, o comportamento do consumidor moderno se parece mais com uma máquina de pinball do que com um fluxo previsível.
E quem entender isso primeiro sai na frente.
Marcas que constroem presença real, relevância constante e consistência de mensagem ganham mais atenção, mais consideração e mais vendas, mesmo em uma jornada caótica.
Quer mapear a jornada real do seu cliente? A Atratis te ajuda a construir estratégias alinhadas ao novo comportamento digital. Entre em contato e peça um diagnóstico gratuito.
FONTE: Rand Fishkin, VIA: SparkToro.